terça-feira, 16 de junho de 2009

A primeira, que eu jurava que não era.

Sabrina foi a minha primeira namorada. Descobrí isso uns dois anos depois que terminamos.
Na verdade, nunca terminamos. Morávamos na mesma rua, e eu me mudei.
Sabrina era agitada por natureza. Os pais eram médicos, e militavam no Sindicato dos Médicos. A própria Sabrina chegou a fazer parte do movimento estudantil em Belém. Menina de ouro.
Fiquei sabendo do nosso namoro por acaso. Nos encontramos na rua, e ela comentou comigo que sentia saudades do tempo em que estávamos juntos. Só aí soube que aqueles amassos na esquina, eram um namoro. Se bem que na época, eu só ficava com ela. Nunca fui um sucesso com as mulheres....
É claro que não eram só amassos, com beijos e abraços. Haviam as conversas.
Falar é a minha marca registrada, e logo logo estávamos conversando e rindo. Mais rindo do que conversando. Era bacana.
Acho que ela foi uma das poucas namoradas morenas que eu tive. Ela era a cara da mulher paraense: baixinha, morena, meio índia, meio negra. Tinha um sorriso bonito, desses que lembram a infância.
No nosso reencontro, eu namorava outra menina. Não me arrependo de não ter sido fiel.
A Sabrina valia a pena. Mulheres iguais a ela são raras.

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